A geração MIMIMI , todos falam
que é muito dependente de psicólogos, psiquiatras, drogas de todos os gêneros (não
necessariamente) bebidas alcoólicas; mas as bebidas alcoólicas são uma questão
muito discutível.
Discutível no sentido de quem, a
medida que amadurecemos; acentuamos o prazer das coisas que já temos e gostamos , ou sempre carregamos geneticamente
em nosso DNA.
Moramos de caseiros durante uns
23 anos em Campos do Jordão, chegamos aqui com essa função, meu pai empreendedor,
com vontade de crescer, mudar e criar os filhos em um lugar melhor, conseguiu a
vaga trabalhando em SP como motorista de madame.
Naquela época, após uma longa e terrível
briga de família, que custou a minha infância afastada dos meus primos e primas
que eu sempre amei, da minha tia mais querida.
Não foi nada fácil, pois a família
Cocci (ou Coccia ou Cocha ou Coxa), era parte dos que chegaram e se constituíram no Brasil
(vindos da Itália), ajudaram a construir São Paulo, meus avôs, e tios-avôs eram da terraplanagem, caminhões e
maquinas que entre tantas; construíram avenida Paulista. Italianada conhecia
São Paulo como a palma da mão e eram muito queridos, bonito e sedutores! kkk
Entre eles a coisa não era muito fácil, pois a mistura de sangue no meu caso, era de italianos de Santa Maria de CastellAbatte e uma Espanhola de Pamplona, cuja fisionomia é idêntica a minha, talvez eu seja a única neta dela, com a semelhança tão evidente.
Italianada se esbarrava
constantemente em família, isso era uma coisa normal até nos dias de hoje,
porem em um desses desentendimentos a família se separou; meu pai resolveu
seguir a vida dele, com esposa e filhos, no caso eu e meu irmão ainda bebe de
colo, e traçou outro rumo. Procurou emprego, achou vaga de motorista de madame,
minha mãe era Babá e posteriormente virou doméstica, até que conseguimos uma
vaga de caseiros em uma mansão em Campos do Jordão em uma família bem
tradicional de judeus.
De 1986 pra cá foi uma vida inteira;
que geraram tantas outras e se entrelaçaram em
tantas outras; e que o desfecho sou eu
hoje aqui digitando uma parte dessa estória que não é única; mas retrata,
muitas outras semelhante; como por exemplo, de muitos que trabalharam na MÉTODO
ENGENHARIA, vieram para construir os maiores hotéis da cidade, e estabeleceram família
por aqui, não necessariamente italianos, mas nordestinos, com tanta garra de
crescer e progredir na vida como os italianos.
Campos do Jordão foi; “e, é TERRA MÃE”, para muitos de seus moradores
que miscigenaram com o povo jordanense e
muitos que vieram para se tratar
de tuberculose por aqui e hoje nós, ou nossos filhos são os frutos de parte
dessa estória.
Entendo e aceito contestações por
favor, se eu estiver errada, que Campos
do Jordão, ontem foi formada por parte dos tuberculosos que aqui chegaram para
se tratar, mas hoje é composta de vira-latas como eu e vc que esta lendo este
texto.
Afinal de contas independente de
etnia, estória, classe social etc... nós somos todos seres humanos em busca de
uma qualidade de vida melhor para nós e nossos filhos, ou estou errada?
Eu adoro ser eu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário