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domingo, 29 de novembro de 2015

A Fogueira das Vaidades e a Servidão Voluntária

Tem uma letra de musica que diz: – Porque que a gente é assim? Pode parecer engraçado, mas é real, essa fogueira das vaidades teve inicio com a chegada dos portugueses em nossa terra, acabou virando um grande mercado de peixes, e ainda há quem diga que os índios foram inocentes trocando terras, minérios e mulheres por bugigangas européias; espelhos, escovas botas, entre tantos outras coisas, mas na verdade a moeda de troca era absolutamente equivalente tanto para um quanto para outro, eram apenas nossos descendentes iniciando uma política de “boas relações”, vale lembrar que quando os portugueses não cediam da maneira como os índios esperavam, os índios muitas vezes devoravam os portugueses (antropofagia).
O próximo passo foi catequizar os índios para poder ter o domínio da massa; inculcaram na cabeça deles o pecado e o perdão divino; com os índios deu certo em partes, mas foi mais fácil e lucrativo importar o povo africano e escravizá-los no Brasil, visavam o lucro no trafico humano, status de serem senhores de escravos, o ócio e a mão de obra praticamente gratuita.
Décadas depois e dando seqüência ao paradigma, estamos nós aqui no ano de 2016, afundados em uma crise socioeconômica, culpando grupos de políticos fragmentados em partidos, eleitos pelos descendentes daquela massa, catequizada e escravizada, lá no início de tudo, que foi se adaptando aos novos costumes e criando tantos outros e assim surgiu o jeitinho brasileiro dos dias de hoje.
Somatizando uma mescla de tudo isso apenas 516 anos depois estamos batendo cabeça e tentando entender onde tudo isso vai parar, as vésperas de ano eleitoral, acompanhando nas redes sociais, futuros candidatos completamente sem noção tentando adequar sua personalidade muitas vezes introspectiva e antipática a modernidade e facilidade das redes sociais, não tem como não relativizar os portugueses do início de tudo tentando seduzir os índios para não serem devorados.
A grande diferença é que os políticos, (alguns) fazendo selfies com os populares, de tão antipáticos e introspectivos que são, quando saem sorrindo nas selfies, aparentam estar bêbados, mesmo não estando. O que o status de poder e o cheirinho de dinheiro não faz com o Ser Humano.
Sem discernimento algum entre o que é esquerda e o que é direita, estamos acompanhando um capitalismo mal lapidado, travestido de comunismo, que de tão adulterado já não existe mais, fazendo uso de tecnologias, bons discursos e do mesmo status social do inicio dos tempos para desfrutar de uma vida fácil, garantida com o suor dos que realmente carregam o pais nas costas e tentam sobreviver, e o que antes era Selva natural passou a ser selva de pedra. A servidão voluntária e a esquerda caviar tentando se entender.
O que mudou? Nada, ou melhor, muito pouco, por exemplo; hoje temos um holocausto humano muito maior que o do inicio dos tempos acontecendo todos os dias nas portas de hospitais, a selvageria acontecendo o tempo todo nas ruas das cidades pelo pais inteiro e os senhores de escravos cada vez mais empenhados em resgatar os trocados que conseguiram perder pela falta de capacidade administrativa, só que desta vez através das candidaturas, que serão fartamente patrocinadas, e que é um bom negocio, ganhando ou perdendo.
O que eu acho dos próximos 4 anos? Serão mais 4 anos de solidão para o povo jordanense, pois o quadro político que vem se apresentando é composto de homens ABSOLUTAMENTE IGUAIS EM TUDO e com os mesmos objetivos pernósticos, mas entenda, não estou sendo pessimista, isso nem é culpa deles, pois afinal de contas criticar é muito mais fácil do que apontar soluções para um problema que teve inicio a 516 anos atrás.

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