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terça-feira, 26 de abril de 2011

Jornal O Vale - Ex- assessor liga Peixoto a desvio de verbas da merenda - Taubaté


Ex-assessor liga Peixoto a desvio de verbas da merenda
Ao MP, Fernando Gigli Torres diz que prefeito já recebeu R$ 5 milhões em propinas de empresas contratadas pelo governo

Esquema
De acordo com o depoimento, Peixoto receberia propina em troca do superfaturamento de contratos

TAUBATÉ
O vazamento de um depoimento sigiloso de Fernando Gigli Torres, ex-chefe de gabinete do prefeito Roberto Peixoto (PMDB), levantou novas suspeitas sobre a relação do peemedebista com a empresa EB Alimentação Escolar Ltda, responsável pelo fornecimento da merenda à rede pública de Taubaté.
Testemunha em processos que correm sob sigilo no Ministério Público, Gigli aponta no depoimento concedido em 2009 que o próprio prefeito, com a ajuda da primeira-dama, Luciana Flores Peixoto, comandaria um esquema de fraude no contrato com a empresa, em que haveria superfaturamento e pagamento de propina.
As declarações do ex-chefe de gabinete, que rompeu com Peixoto em 2007, foram publicadas ontem no blog do jornalista Irani Lima.
Segundo o depoimento, o casal já teria acumulado cerca de R$ 5 milhões oriundos de propinas recebidas de empresas que mantinham contrato com o governo.
Além da EB, estariam no suposto esquema de corrup-ção a Sistal (fornecedora de merenda entre 2001 e 2008, e pertencente ao mesmo grupo da EB) e a Home Care (responsável pelo fornecimento de remédios à rede de saúde de 2003 a 2008).
As propinas seriam pagas pelas fornecedoras como forma de garantir favorecimentos em licitações e contratos superfaturados.
Esquema.
Segundo Gigli, que também foi presidente da comissão de licitações da prefeitura, as propinas seriam repassadas a Peixoto em envelopes, por meio assessores. Ele próprio teria recebido dinheiro em nome do prefeito, em locais como postos de gasolina e shoppings centers, além da sede da EB em São Paulo. Os valores seriam guardados em malas na casa de Peixoto.
O prefeito não comentou as acusações. A administração municipal negou irregularidades (leia texto ao lado).
Gigli não foi localizado para falar sobre o caso.
Investigações.
As supostas fraudes envolvendo a EB, a Sistal e a prefeitura são alvo de investigações do MP de Taubaté, do Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos) de São Paulo e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Vale do Paraíba.
De acordo com o promotor do Gedec, Arthur Pinto de Lemos Junior, as informações repassadas por Gigli integram as investigações sobre um suposto cartel da merenda.
"Essas informações são mais um elemento da investigação. Estamos mapeando os rastros deixados por onde as empresas passaram", afirmou.
Em Taubaté, o MP suspeita que o contrato da EB tenha sido superfaturado, e investiga o enriquecimento ilícito de membros do governo.
No mês passado, a Justiça quebrou o sigilo bancário da EB, do prefeito e de assessores da administração.


 

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