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quinta-feira, 3 de junho de 2010

ESCLARECIMENTO SOBRE O CORDEL

Pelo menos durante seis meses, o prédio da escola em que trabalho, aqui em Taubaté, passou por uma reforma. Como acontece em toda obra de reforma de prédios escolares, as aulas não foram suspensas e, portanto, o caos, durante seis meses, tomou conta do ambiente. A barulheira foi freqüente, a poeira também. Durante as aulas, alunos e professores tiveram que conviver com os trabalhadores da obra trocando os vidros da sala ou empurrando carrinhos de massa ou tijolos pelo corredor, muitas vezes gritando ordens ou informações para os companheiros de trabalho. Caminhões entravam pelo pátio trazendo tijolos, areia, cimento, ferro etc. Os corredores ficaram tomados por todo tipo de material. Não foram poucos os alunos que, devido ao excesso de poeira, tiveram crises alérgicas. O ambiente escolar que rotineiramente é estressante, ganhou ainda mais tensão.



 A direção da escola teve que se desdobrar para conter a revolta dos alunos e a insatisfação dos pais. Por outro lado, também havia escândalos nos preços dos materiais comprados para a reforma do prédio. Por exemplo, uma porta de madeira que custa em torno de 80 reais num depósito de material de construção, na obra alcançou o fabuloso preço de 480 reais. Todos os preços verificados no memorial descritivo da obra estavam acima dos preços cobrados no comércio local. Não é exagero dizer que a reforma feita nessa escola não foi lá uma coisa espetacular. Mas o preço cobrado, sim, esse foi espetacular: 651 mil reais. Eu não tenho dúvida: uma daquelas empreiteiras que freqüenta o circuito de obras do governo faturou bom dinheiro, mas a educação e a escola pública perderam mais uma vez. Tentando resgatar alguns pontos dessa experiência, elaborei o texto em forma de cordel que segue abaixo. Se considerar conveniente, pode publicá-lo.



Abraços, Silvio Prado

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