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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

QI X Q.I

O que é provável acontecer no Brasil em relação a cargos comissionados? QI (Quociente de Inteligência) ou Q.I (quem indica)? Essa dúvida surgiu porque dia desses estava ouvindo alguém conversando. Eu estava numa mesa ao lado e frase dele me chamou a atenção: “hoje em dia, é necessário peixe grande para alcançar cargos importantes. A pessoa tem que se esforçar e garantir sua vaga num concurso e o patamar alto fica a cargo das amizades e indicações”. Fiquei “matutando” e conclui que ele tinha certa razão. Se observarmos ao nosso redor, tem muita gente sem capacidade, em cargos de confiança, que em minha opinião, não tem o menor talento para exercê-lo e as pessoas com talentos e competências vão sendo deixadas de lado. O apadrinhamento é antigo, sabemos disso, principalmente na área política; todos tem suas indicações e exploda o mundo quem achar o contrário.
Mas, se você tem um bom networking e for escolhido por competência e não por favorecimento; se você é respeitado pelos serviços que desempenhou, por seu esforço e inteligência, a história muda de figura. Assim, você pode andar de cabeça erguida, sem ser tachado de aproveitador ou oportunista, não é? Mas, o que seria networking? É uma rede de contatos, onde você investe no cultivo e desenvolvimento de relação com conhecidos, enriquecendo seus contatos; ou seja, é criar seu marketing pessoal. Chique né?
Mas comigo, o networking não serviu! Já passei mais de um ano desempregada, todos sabendo da minha liseira e não obtive um único contato. Sabe o que diziam? “Ayla? Ela não se encaixa em nosso perfil”. “Ayla? Aquela lá é louca para exercer uma função dessas...”. Até meu ex-professor me disse: “Ayla, enquanto você continuar com suas atitudes e sua sinceridade exacerbada, vai continuar na mediocridade”. Ele arrasou, não é gente?
Como eu sei o que dizem de mim? As pessoas falam em Camocim e como falam. Comigo não rolou o “Quem Indica”; mas, hoje, estou trabalhando. Uma grande amiga ia tirar suas férias e disse que eu seria a pessoa ideal. Resultado? Ainda estou trabalhando e minha amiga também. Acho que nunca fui para os quadros de indicação, porque não sou de agüentar as coisas caladas e nem de baixar a cabeça.

É a vida meus caros leitores. Vocês já passaram por um QI ou um Q.I?

Um comentário:

  1. Deborah toda a estrutura onde esta montada as relações de emprego neste país esta completamente equivocada. Tanto as instituições públicas como as privadas se baseiam na avaliação por nível de amizade e grau de parentesco que o candidato possa ter e praticamente nunca pela sua capacidade fato que impede o crescimento profissional dos funcionários dentro das empresas o que por fim reflete negativamente no desempenho comercial das empresas.
    A mediocridade do empregador que usa critérios inadequados de avaliação para o preenchimento das vagas em suas empresas ou autarquias estimula a dissimulação do candidato que não tem o porquê de se especializar porque sabe que o que realmente o vai garantir o seu cargo ou alçá-lo na empresa não se encontra nas salas de aula de nenhuma faculdade.
    Resumindo pra que estudar se o que vai te fazer crescer na vida é ser amigo do rei ou puxa saco da corte?

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